Um relacionamento é como a vida: está sempre em movimento. É feito de fases, de ciclos. Isso quer dizer que numa relação afetiva a única regra permanente também é a mudança. Existem os altos e baixos, as alegrias e as tristezas, as noites cheias de amor e as que não ganham nem um “boa noite”.

 

Geralmente, são estas que trazem as grandes reflexões, a vontade de transformação. É comum que a vontade de agir seja mais presente na adversidade. Enquanto os momentos de alegria usualmente são usados para aproveitar. 

 

Quando as brigas ficam constantes e as pessoas começam a se evitar, é normal que, se perguntados, cada um tenha uma espécie de lista. Uma relação imaginária e interminável de atitudes, gestos e posturas adotadas pela outra pessoa que fazem o relacionamento estar como está. Para resolver tudo, basta que o outro mude e pronto, magicamente tudo voltaria a ser como nos melhores dias.

 

Essa é a grande encruzilhada – a lista. Um documento fictício de texto que fica sendo revisto e ampliado de tempos em tempos, sempre nos momentos de mágoa ou de raiva para elencar, tópico por tópico, para a outra pessoa, ou para si mesmo, como a culpa pela fase em que o relacionamento se encontra é do outro.

 

Existem dois grandes problemas nessa lista:

  1. Ela coloca no outro toda a responsabilidade por algo que é dos dois.
  2. Ele tira totalmente do autor (da lista) o poder de agir, pois se é o outro e somente ele que precisa mudar, um dos dois não pode fazer nada. 

 

Então se você não pode mudar o outro e ele aparentemente não vai mudar, porque certamente também possui a sua lista, forma-se um círculo vicioso e nada pode ser feito, certo? Errado.

 

Existe sim algo que pode ser feito por você. E é bem simples, fácil e indolor. Simplesmente, largue a lista. Deixe de lado ou, melhor ainda, jogue fora. Enquanto você estiver focado em reagir jamais poderá agir. A diferença não é semântica. Reagir é condicionar sua ação a do outro. Agir é assumir a responsabilidade e dar o primeiro passo.

 

O primeiro passo é entender que não é você nem a outra pessoa que precisa mudar. É a dinâmica do relacionamento. Um relacionamento acontece quando ambos vão se ajustando um ao outro e, assim, criando uma rotina. Saber disso permite compreender que se você começar a fazer algo de outra forma, o outro irá adequar-se à nova dinâmica. Exemplificando: se você decide não mais acusar, ele também não vai porque ninguém discute sozinho; se você decide ouvir mais o que ele tem a dizer, o interesse dele também vai aumentar.

 

Existem dois ótimos motivos para agir assim, e eles são os opostos dos anteriores:

  1. Divide com você uma responsabilidade que também é sua.
  2. Transforma você em agente da mudança do relacionamento, permitindo que você aja.

 

Claro que todo esse processo é muito mais fácil se você se conhecer profundamente, se souber quais são seus padrões mentais e de comportamento. E mais ainda se for capaz de compreender o outro, qual a personalidade dele e os sentimentos escondidos por trás das suas ações. Tudo isso pode ser aprendido e colocado em prática no dia a dia com o Eneagrama

 

Assim será capaz de acolher a outra pessoa e saberá como agir no nível emocional. Porque é nas emoções que nos conectamos. 

 

Este texto foi útil para você? Não se esqueça de comentar. E se conhecer alguém que está tendo dificuldade no relacionamento, compartilhe. Vamos juntos criar relações mais harmoniosas  felizes.

 

Jaqueline Tartari

Transformadora na Sannyas

Educadora | Terapeuta | Coach

Mestre e especialista em Eneagrama da Personalidade com formações no Brasil e exterior.

Contato: jaqueline@sannyas.com.br

 

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