Para uma verdadeira transformAÇÃO de comportamento, precisamos compreender o que nos motiva a agir de determinada forma. A palavra motivação vem do latim “motio” ou “movere”, “movimento, deslocar, fazer mudar de lugar”, que é o mesmo radical da palavra emoção [e+motio]. Quando acontece algo que exige de nós uma ação, significa que fomos afetados de alguma forma por nossa emoção e imediatamente fazemos um movimento que pode ser para fora (extroversão) ou para dentro (introversão).

Desde criança, percebemos a realidade de uma determinada maneira, influenciados pelo ambiente e pela família nos quais estamos inseridos. Com o tempo, vamos nos tornamos especialistas em determinado padrão de comportamento e assumindo a nossa personalidade. 

No período de formação da nossa personalidade (que vai até os 21, mas ocorre especialmente na primeira infância, dos 0 aos 7 anos), vamos trabalhando e desenvolvendo os sentidos: físico, emocional e mental.

Todos nós temos a inteligência do corpo, do coração e da mente, contudo, durante nossa vida e nossas experiências priorizamos um deles, por isso há pessoas mais sensíveis emocionalmente, outras, com um instinto apuradíssimo e percepção da realidade e outras, ainda  com mente fértil e muito ativa. 

Diante de uma dificuldade, automaticamente nos defendemos com o sentido que é mais desenvolvido em nós, todavia, nem sempre ele é adequado à situação. Por exemplo: se estou insatisfeito com meu emprego e sou mais emocional, reajo de forma impulsiva, falo mais do que deveria, levando as coisas para o lado pessoal e já quero sair hoje, e amanhã eu vejo o que acontece. Entretanto, é preciso usar o mental neste momento para analisar o contexto, verificar se terei condições de pagar as contas, como eu me sentia neste trabalho antes desse momento pontual de crise mundial (lembre-se, a crise não é só na sua empresa ou no relacionamento) e listar os prós e contras para agir de forma assertiva.    

Conhecer qual desses sentidos é mais forte em você e qual precisa desenvolver é o primeiro passo para o autoconhecimento. O Eneagrama mergulha profundamente nesta questão revelando ainda as crenças que trouxeram você até aqui. Respeitar quem somos, mas trabalhar para o equilíbrio e a inteligência emocional nos permite usar as habilidades certas de acordo com cada momento, em vez de usar apenas sempre o mesmo recurso de maneira repetitiva e  inadequada.

E você, já sabe qual desses sentidos é mais forte? 

Observe seu comportamento em momentos de tensão e veja qual se revela primeiro. Observe de novo e de novo e vá tomando consciência.

Se quiser conversar sobre seus desafios emocionais e de relacionamento, estamos aqui para acolher você e ajudá-lo com o Eneagrama, uma ferramenta cientificamente comprovada, mas, principalmente, com empatia e respeito integrais.

 

Jaqueline Tartari

Mestre em Gestão por Competências pela UFSC. Coach comportamental, Terapeuta e Educadora, com formações no Brasil e no exterior. Discípula de Cláudio Naranjo, referência mundial no assunto. Participante da Escola SAT (Seekers After Truth).